O Poder do Amor – Única Fonte de Transformação

Natal, data em o mundo celebra a morte do Homem Deus que foi sacrificado porque amou! Mas o mundo continua sacrificando os ideais deste homem a cada ano, quando o substitui por presente inúteis, uma lembrança do quanto poderíamos amar e não mais conseguimos nos lembrar COMO.

É obvio que presentes materiais substituíram em grande parte, a alegria do re-encontro, a solidariedade humana e a disposição em ajudar as pessoas a cumprir o seu destino na terra. Mesmo aqueles que dedicam sua vida a transformação pessoal parecem cegar, entram na crença errônea de que Natal é tempo de dar presentes.

Como seria um natal onde cada pessoa neste mundo resolvesse sinceramente entrar no espírito da doação do amor? Seria este um mundo melhor?? Se alguém quiser responder esta pergunta seriamente vai saber que não; infelizmente já não sabemos mais amar.

O verdadeiro amor não acontece em um dia. Não se escolhe um dia para amar e logo mais retornar a um cotidiano cheio de desamor. O verdadeiro amor é construído a cada dia. Não nascemos predestinados ao amor é preciso construí-lo. Precisamos re-instalar seu poder transformador em nosso coração, derrubar crenças errôneas e românticas a seu respeito, em suma, precisamos reaprender a amar.

Quer participar de um teste de amor? Responda a estas perguntas:

1- Olhe a sua volta, consulte seu coração e decida quem é a pessoa que menos ama neste mundo.

2- Dentro da sua família quem seria a pessoa mais nefasta (do seu ponto de vista).

3- Volte-se para dentro e se pergunte; o que menos gosta em você?

4- A quem você culpa por todas as dificuldades que passa? O governo? O destino? A vida? O azar?

Assim que responder estas perguntas e escrever tudo no papel responda com sinceridade; quanta energia você estaria disposto (a) a gastar para investigar porque realmente não consegue amar estas pessoas ou esta parte de você?? E o que realmente poderia começar a fazer já que as pessoas que culpa pelas suas dificuldades nada têm feito a este respeito?

Caso tenha respondido que poderia levar toda uma vida dedicada a compreender isto, e a transformar este desamor em amor, eu diria que finalmente iniciou seu processo de aprendizado do que é o verdadeiro amor. Amar as pessoas que servem a nossos desejos e a quem admiramos, é muito fácil, é confundir satisfação pessoal e interesses com o verdadeiro amor.

Na antiga civilização chinesa, o amor era considerado a virtude sublime. A mais difícil a ser cultivada. Haviam 4 virtudes básicas; o amor – o sublime, a justiça -que nos afastava do amor piegas e devia ser desenvolvida em par com o amor, a sabedoria – que sabia perseverar em momentos difíceis e por ultimo, as atitudes e hábitos – ações, atos que construíam o sucesso.

Os princípios desta cultura antiga afirmam que as virtudes básicas não são éticas morais, elas são vibrações de energia que só possuímos quando vibramos sua nota. É como fazer musica, precisamos saber vibrar cada nota com perfeição se queremos realmente que apreciem a nossa musica. As virtudes curavam, e eram a única medicina verdadeira naqueles tempos em que o homem vivia em harmonia com a vida.

A vida só existia porque estas 4 virtudes vibravam e criavam a musica das esferas colocando tudo em harmonia. Virtude e energia eram sinônimos, uma não existia sem a outra. A virtude não era uma escolha mental de perseguir comportamentos positivos. Desejar ser bom, amar, ser justo e ter atitudes coerentes não construía virtudes e, muito pelo contrario, nos afastava da verdadeira vibração virtuosa. Virtude era habilidade, talento, podia ser aprendido, mas não podia ser possuído pelo desejo e pela mente.

Todas as vezes que desejamos uma virtude, quem a deseja dentro de nós?? Com certeza que é o lado nosso que não a possui. Se você for realmente bom e amoroso, porque estaria desejando o bem e o amor?? Simples não é?

Fazemos uma grande confusão sobre o significado das virtudes porque as confundimos com padrões de comportamento criados de fora, com dogmas e mandamentos criados por religiões e gurus. Nos esquecemos que a vida vibra as virtudes a nossa volta e que a única coisa que precisamos fazer para que elas existam em nós, é permitir, é dar nossa permissão para que vibrem dentro.

Todos os seres vivos já são naturalmente virtuosos, mas porque não exprimem estas virtudes? A resposta? porque não sabem mais como fazê-lo. Esquecemos o COMO ser virtuoso, substituímos esta vibração única por padrões e éticas comportamentais ditadas pela cultura à qual pertencemos. Trocamos a permissão interna por merecimento conseguido através de punições e crenças de como devem ser estas virtudes.

Filosofar sobre virtudes não as faz vibrar. Assim como saber tudo sobre harmonia não fará o instrumento soar uma musica harmoniosa. É preciso saber tocar este instrumento e permitir que a sua harmonia soe como musica. Parece simples ser virtuoso, mas requer um trabalho grande interno de dissolução de velhos padrões mentais. Há que se aprender uma tecnologia (uma arte do fazer) para que possamos desafiar nossas certezas para que possamos voltar ao natural, vibrando as virtudes que constroem a vida.

O primeiro passo é aceitar que nos esquecemos de como ser virtuosos e que todas as nossas idéias sobre as virtudes não conseguem cria-la dentro de nós. Precisamos treinar nossa mente e permitir, a deixar que a vida vibre suas virtudes á partir de dentro.

Amar é a grande força que pode abrir nossas mentes para dar a permissão a nosso verdadeiro ser, para que toque a musica das esferas; para que vibre as virtudes do amor, da sabedoria, da justiça. Ai então e somente ai, naturalmente, nossas atitudes externas poderão espelhar o verdadeiro espírito do Natal 365 dias por ano.